Europeus de Ultimate de Praia: uma espreitadela às categorias de Masters

No último artigo, o Sean Colfer lançou o olhar sobre as Selecções Masculinas, Femininas e Mistas em destaque no ECBU de Portimão. A edição deste ano é particularmente interessante, pois marca a estreia da categoria de Great Grand Masters no plano europeu. Com esta novidade, haverá agora 46 equipas a disputar o ceptro europeu nas cinco categorias de Masters de Ultimate de Praia. Apesar de a sua constituição ainda não estar formalizada, é possível prever que países vão chamar as atenções em campo.

Masters masculina: França
Depois de apenas perderem com a Grã-Bretanha na edição de 2013, os franceses conseguiram apresentar-se de melhor forma no palco mundial, no WCBU de 2017. Nas praias de Royen, em França, passearam a classe, alcançando novamente a final e só perdendo (em grande, 13-7) para uma selecção dos EUA que brilhou durante toda a prova. Olhando para os resultados conseguidos desde então, vemos que a equipa francesa Angers ficou em sexto nos European Ultimate Club Championships de 2018 e que a representação francesa deu boa conta de si no WFDF World Masters Ultimate Club Championships, no mesmo ano, com o Sun Créteil a ficar em 7º no meio de um mar de equipas norte-americanas e canadianas. Se conseguirem trazer o seu talento na bagagem, os franceses têm tudo para dominar os seus jogos.

Masters mista: Alemanha e Espanha
A equipa mista teutónica é sempre um adversário difícil e eficiente. Venceu a categoria em 2013, batendo a Grã-Bretanha na final por 11-0, e quase alcançou o pódio em Royan, eliminados pela equipa da casa. Num torneio de preparação para o Europeu que decorre em Espanha, o Sabe a Mixta, a Alemanha trouxe a sua Selecção Nacional sob o nome ‘Meehr’ e foi a segunda melhor formação de Masters, a seguir aos anfitriões. As selecções de Espanha e de Alemanha acabaram o torneio no 5º e no 7º lugar, respectivamente. O resultado dos espanhóis surpreende, pois, historicamente, o Ultimate de Praia não tem sido o palco de eleição para as formações de Masters de ‘nuestros hermanos’. Mas Portimão pode ser a ocasião perfeita para começar a mudar isso.

Masters feminina: Suécia
Esta selecção escandinava também se preparar para surpreender o público no Algarve. Infelizmente, não tiveram possibilidade de levar uma formação feminina à edição de 2013, em Espanha. No entanto, em Royan a história foi diferente e as nórdicas ficaram em 5º. Será fascinante ver a evolução desta equipa desde os Mundiais, e notar as melhorias conseguidas numa equipa que mal começou a sua história no Ultimate de Praia.

Grand Masters: Grã-Bretanha
Com uma medalha de bronze em 2013 (EBUC) e uma de prata em 2017 (WCBU), parece que as coisas, para os britânicos, só podem melhorar. Apesar de a equipa que foi ao Mundial ter pouco a ver com a que vem ao Europeu (parece que a selecção de Great Grand Masters levou alguns jogadores…), a evolução deve continuar. Com jogadores como Dave Bixler e Si Weeks, já habituados a vencer com outras formações de Masters britânicas e a jogar em clubes de prestígio como Clapham e Chevron, é bom que os adversários se preparem para dar o máximo.

Great Grand Masters
Sendo uma categoria recente, ainda com pouca história, é difícil fazer grandes previsões sobre os resultados dos mais velhos. Para já, pode adiantar-se que em 2017, nos Campeonatos do Mundo de Ultimate de Praia de Great Grand Masters, em Lisboa, as equipas europeias com melhores resultados foram a Áustria, a Alemanha e as Ilhas Currier No Borders. Talvez Portimão traga a repetição desta tendência.
Apesar de estas previsões estarem abertas a debate, uma ideia é certa: os Campeonatos da Europa de Ultimate de Praia serão um evento electrizante, com os melhores atletas de todo o continente a lutar pelo sucesso das suas Selecções — até aqueles com ‘mais uns quilómetros’ que os das outras categorias. Não perca os próximos artigos à medida que o grande dia se aproxima!

Março 15th, 2019|